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Coluna | Fatos e Verses
Rodrigo Silva Fernandes
[email protected]
Advogado e articulista poltico do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Dando o sangue sem soluo?; A maldio do vice; Investimentos e resultados; Segredo de Tostines; Pedgio x Economia
08/05/2024

Dando o sangue sem soluo? 2f11g

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Depois de muita cobrana da sociedade e do governo municipal, o Hemominas concluiu suas instalaes provisrias em Varginha para atender a grande demanda de hemoderivados em Varginha e regio. Contudo, no se tem notcias sobre o volume de doadores. Ser que o nmero de doares de sangue aumentou ou diminuiu ao longo dos muitos anos em que no tivemos nenhuma instalao para doao de sangue e tratamento dos hemoderivados na cidade? A coluna tem informaes de que os doadores frequentes diminuram ao longo dos anos, j a demanda por sangue aumentou. Ou seja, o prejuzo causado pela ineficincia do Hemominas em realizar investimentos no interior trouxe srios problemas oferta de sangue nos bancos de sangue por Minas afora e Varginha no diferente. Temos ainda problemas relacionados falta de hemoderivados para a realizao de cirurgias eletivas, bem como baixos estoques de sangue em momentos crticos como Carnaval, festas de final de ano etc. Este um problema que precisa estar no plano de governo dos candidatos ao Executivo e Legislativo em Varginha. Como resolver problemas municipais que dependam do investimentos de outros entes pblicos? Qual a fora da interlocuo do Executivo ou Legislativo municipal junto a outros entes pblicos para resolver problemas? Ser que isso depende de quem for o prefeito, ou de qual partido ele seja filiado, ou de qual a argumentao utilizada? Fato que temos muitos problemas na cidade decorrentes da falta de investimento/atuao do governo estadual ou federal ou mesmo de estatais ou instituies pblicas ligadas ao Governo de Minas ou Governo Federal.

A maldio do vice 1g5r6h

Dos trs nomes colocados como candidatos a prefeito de Varginha, nenhum ainda tem um candidato a vice consolidado. H especulao de que o Avante ter a vice do PSD, o PP ter a vice do PV e no sabemos quem poder assumir a vice do candidato do PL. Certo mesmo que ningum “comemora por ser vice, porque vice no manda e isso no um chavo uma realidade verificada na histria poltica de Varginha”. E pelo que se conhece das legendas e pessoas que esto alinhadas para disputar o cargo de vice-prefeito tem muita gente apostando que grande a chance de brigas futuras entre o prefeito eleito e o vice, como alis j ocorreu muito no ado tambm!

Investimentos e resultados 51364c

As autoridades pblicas municipais ainda no tm estas informaes consolidadas e os polticos locais no tm a menor ideia do volume de investimentos privados contratados e j realizados na cidade. Estou falando das empresas que assumiram compromisso de instalarem ou ampliarem unidades em Varginha. Estes investimentos foram sendo pactuados ao longo dos ltimos anos, muitos deles na regio do Porto Seco, prximo ao Aeroporto Municipal. Outros no Distrito Industrial da Walita etc. Muitos foram pra frente, outros no! Alguns tiveram o investimento ampliado, outros reduziram ou mesmo suspenderam o investimento por conta de conjunturas polticas e econmicas que impactaram o setor das empresas envolvidas. Mas fato que no temos transparncia nestas informaes e nem mesmo o Governo Municipal tem tais informaes com exatido. Isso porque as empresas que firmam protocolos de inteno com a cidade no possuem o acompanhamento prximo necessrio para garantir a real e rpida execuo dos planos de investimento. Ou mesmo a ampliao e atuao planejada na captao dos investimentos. Por exemplo, quando se confirma a vinda para Varginha de uma grande fbrica de produtos, no h uma equipe pblica qualificada para identificar que tal empresa vai demandar muitas embalagens e outros insumos relacionados, da a necessidade de utilizar a instalao da nova empresa para atrair outras empresas para fornecimento de embalagens e outros insumos utilizados pela primeira empresa atrada, fazendo a conexo da cadeia produtiva, criando sinergia na captao de investimentos e ampliando os ganhos para a cidade. O ex-secretrio municipal de Indstria e Comrcio, Juliano Cornlio, foi o que tivemos de mais prximo de uma gesto eficiente na captao de novos investimentos. Isso foi impulsionado pelos diretores do Porto Seco e pelo Governo de Minas que sempre foram parceiros do Governo Municipal. Mas agora que estamos num ano eleitoral preciso que as informaes tcnicas sobre o trabalho de captao de investimentos seja buscado (pelos candidatos) para que os projetos e trabalhos sejam aperfeioados no poder pblico municipal.

Investimentos e resultados – 02 201x2m

Vale portanto, para todo candidato a prefeito ou vereador, saber dos milhes pactuados nos Protocolos de Intenes firmados com o Governo Municipal, quantos e quais projetos realmente foram realizados, ou seja, saram do papel e realmente foram investidos? Qual o nmero de empregos prometidos pelas empresas que realmente foram contratados? Qual o perfil dos contratados? So de Varginha ou mo de obra vinda de fora? Qual o insumo/matria prima utilizado por estas empresas e qual a possibilidade de trazer as produtoras destas matrias primas para Varginha? Quais as reas disponveis para instalao de novas empresas na cidade? Existem reas disponveis? Qual a adequao destas reas para o Plano Diretor da cidade? Vamos precisar melhorar o Plano Diretor de Varginha? E quanto aos benefcios pblicos como iseno tributria, imvel para instalao etc, que o Municpio tem oferecido s empresas, esta a melhor forma de captar novas empresas? O que as empresas buscam numa cidade quando decidem ampliar as instalaes? Qual candidato (que hoje) tm conhecimento destas informaes ou sabe responder tais questionamentos? Acredito que nenhum dos que a esto! Mas importante que tais provocaes sejam feitas agora para que a classe poltica e seus assessores se dediquem ao tema. Mesmo porque, se tivermos 4 anos de poltica industrial equivocada no municpio, isso o suficiente para enterrar a competitividade de Varginha na guerra pela liderana do desenvolvimento no Sul de Minas.

Investimentos e resultados – 03 u1948

O que temos ouvido nos bastidores polticos municipais por alguns candidatos que as empresas hoje instaladas na cidade, com as expanses anunciadas, vo garantir uma tima arrecadao de impostos pelos prximos anos. Isso significa que o prximo prefeito poder gastar sem limite? Significa que podemos relaxar no acompanhamento destas empresas? A resposta para as duas perguntas No! Primeiro porque da mesma forma que a projeo de arrecadao crescente os gastos pblicos tambm so, e muito! Alis, sempre que lemos o dirio oficial o que no faltam so gastos “perptuos” como a contratao de novos servidores e aumento de salrios e benesses ao funcionalismo pblico, o que incorporado aos salrios e no retroage mais! A questo saber se o crescimento dos gastos ser igual ou maior que a arrecadao de impostos. Sem falar que, a alta tributao um super “espanta investimentos s empresas” e isso parece que no ficou claro para o Governo Municipal, que pouco mexeu na tributao para as micro e pequenas empresas que so as que mais geram empregos. Alm disso, como disse a coluna, os gastos pblicos so perptuos, j as receitas no! Ou seja, quando o governo contrata algum ou constri uma nova escola ou posto de sade, este gasto no retrai, pois precisa de continuidade e manuteno. preciso sempre ter o recurso para pagar o salrio ou manter a estrutura pblica funcionando, pois no h como despedir um servidor concursado ou fechar uma escola ou posto de sade sem infringir a lei ou causar srios danos sociedade. J quanto s receitas advindas da tributao de uma empresa, elas podem acabar. A Companhia Brasileira de Caldeiras (CBC), fbrica que funcionava onde hoje est a Prefeitura de Varginha, deixou nossa cidade para ir para Jundia/SP, onde possua outra fbrica! Porque a empresa fechou a unidade de Varginha e no a de Jundia? Por certo que era mais vantajoso fechar a fbrica de Varginha que a de SP e os custos de operao de uma empresa contam na deciso de ampliar ou fechar unidades. Logo, o progresso desenhado para o futuro prximo da arrecadao de Varginha com as empresas de hoje no pode ser “escrito em pedra”, pois depende diretamente do trabalho que a classe poltica precisa fazer hoje. Mas pelos comentrios de bastidores, muitos “querem fritar os ovos que a galinha nem chegou a botar”.

Segredo de Tostines 1n4r1k

O Hospital Bom Pastor ganhou um novo acelerador linear do Governo Federal porque faz um bom trabalho no combate ao cncer ou porque faz um bom trabalho junto ao Governo Federal por meio dos muitos deputados federais que possuem relao com a instituio? Na ltima semana o assunto ganhou destaque porque um deputado federal da oposio divulgou em suas redes sociais que teria sido o “responsvel pela conquista de mais um acelerador linear para o Hospital Bom Pastor”. A propaganda incomodou o governo municipal. Sobretudo porque o deputado federal que fizera a “travessura do PT” e vai apoiar candidato a prefeito da oposio em Varginha. Mas o governo municipal e o candidato governista no precisam preocupar-se com tal propaganda, afinal, os R$ 8 milhes conseguidos para a compra do novo acelerador linear vieram mesmo do Governo Federal petista, que o “pai da criana”. O que alis no mrito, mas sim obrigao, afinal um recurso pblico oriundo nos nossos impostos. Sem falar que Varginha atende pacientes de cncer de uma centena de cidades! Mas o “incomodo poltico no governo foi gigante”, o que no deveria ser. O Hospital Bom Pastor, pela magnitude que hoje possui e sua importncia para a cidade, no pode ser “cativo de um candidato ou governo”, afinal precisa de apoio de todos, como de fato assim vem sendo realizado. O Hospital Bom Pastor j recebeu recursos de emendas dos deputados Dimas Fabiano (PP), Diego Andrade (PSD), Cleiton Oliveira (PV), Odair Cunha (PT) entre outros. E quanto “propaganda enganosa do deputado petista sobre o novo acelerador nuclear, vale destacar que no a primeira vez que o parlamentar causa vergonha alheia com informaes equivocadas”. Recentemente o mesmo parlamentar “tentou surfar a onda da ajuda humanitria ao jovem Enrico em Varginha, ao anunciar que havia conseguido recurso federal para o tratamento da criana, quando na verdade, o que se deu foi a determinao da Justia para que o Governo Federal desse o dinheiro necessrio ao tratamento”. Ou seja, o parlamentar nada fez, mas foi a Justia que determinou a vitria criana.

Pedgio x Economia 28u41

A cobrana de pedgio nas muitas estradas que cortam o Sul de Minas tem sido alvo de fortes debates polticos pela regio. As maiores dvidas tm sido o montante dos investimentos necessrios nas rodovias e o tempo gasto pelas empresas concessionrias na execuo dos projetos, bem como, o valor imposto nas praas de pedgio. A situao da Rodovia MGC 491 ilustra bem estes casos, pois a rodovia tem parte duplicada entre a Rodovia Ferno Dias e a Ponte do Rio Palmela, na divisa com Varginha. A obra de duplicao foi realizada pelo Governo de Minas e est paralisada a mais de 5 anos, embora sua realizao tenha sido promessa de diversos governos, inclusive do atual. Fato que o volume de investimento necessrios a via enorme e a empresa concessionria tem gasto a “conta gotas e focado basicamente na estrutura das praas de pedgio com o fim de recuperar os gastos e fazer lucros”. O valor do pedgio ser superior a R$ 13 reais o que todos julgam um alto preo, visto que no foi a empresa concessionria que realizou a duplicao do trecho em questo e que tambm no vai duplicar toda a MGC 491, mas somente concluir a obra at Varginha. As perguntas que ficam : Se a concessionria vai cobrar alto valor de tarifa, no deveria duplicar toda a via? Ou ento no deveria investir o valor firmado na concesso em tempo menor que os 30 anos acordados? Afinal, a via precisa de investimentos agora e no de “maquiagens a conta gotas”! E o problema no pode ser jogado apenas para o Governo de Minas, pois a concesso foi uma soluo encontrada quando governo federal nem municpios cortados pela MGC 491 estavam nem a para a estrada. A unio de foras entre lideranas polticas municipais e federais neste ano eleitoral, nada mais que a constatao que o brasileiro sempre faz tudo de ltima hora. Prefere atuar remediando do que prevenindo. Puro oportunismo poltico deste ou daquele vir criticar agora depois da concesso pronta e “onerosamente funcionando”. Mais uma coisa fato, o valor da tarifa alto e vai impactar fortemente a economia das cidades menores que beiram a estrada, podem apostar nisso! Se no conseguem reduzir o valor da tarifa, precisam conseguir maior entrega por parte da empresa concessionria.

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