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Coluna | BRASILzo
Fbio Brito
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O editor e jornalista Fbio Brito responsvel pela edio e publicao de centenas de ttulos voltados s realidades do Brasil. Durante anos esteve frente de selos editoriais importantes e renomados e no presente momento impulsiona, atravs de consultorias especficas nas reas editorial e cultural, os selos Bela Vista Cultural e FabioAvilaArtes. A coluna Brasilzo, inicialmente atravs do Jornal Correio do Sul, de Varginha, foi iniciada em 11 de julho de 2004 e tem contado com a importante parceria do Varginha Online na disponibilizao de vivncias de Fbio Brito por todo o Territrio Nacional e por pases por onde perambula em suas andanas.
Feliz Ano Novo - 2017
09/01/2017

"Segura a Nga, O que fao eu?Segura a Nga! 5e442h

Deixa que digam , que pensem, que falem; deixa isso pra l, vem pra

c, o que que tem?.Eu no estou fazendo nada e vocie tambm. Faz mal

bater um papo assim gostoso com alguem?"

- A msica rolava solta no pequeno restaurante-bar do centro velho de

So Paulo. Na mesa, ao lado de um franco de pimenta malageta,livros

espalhados,"Poemas, Contos e Crnicas da Academia Metropolitana de

Letras, Artes e Cincias onde estava deliciando-me com o escrever de

crianas de regies carentes das grandes metrpoles

brasileiras.

" No espelho , a mscara dirige o meu cenrio , de mentiras que me

acalmam,no espetculo de contradies que represento "..."Os poetas

de minha rua tm um alfabeto simples para a poesia rude de seus ps e

mos . Os poetas de minha rua escalam lendas no asfalto e rocha

bruta.Estes homens tm os rostos comuns, de comum aspereza e de vida

comungada"...

- Fiquei em extase ao reler os jovens autores desconhecidos que

sabiamente nos alertam ,atravs de suas escritas, para os mistrios

da vida.

"Na esquina, a pressa est tentando se tornar a vida . Promete amanhs

e quebra o horizonte. Mas o sol vem manso, queimando primeiro a

escurido. Deus est na pele aberta em poros;nos pelos arrepiados, os

demnios e o frio. A pressa se torna a esquina ada, a vida dobra o

sol e sobe a nvoa"...

- Na ponta da mesa ,forrada de toalha de plstico com motivos de

flores ,a obra de Tavares de Amaral ( superviso do ento ainda jovem

Afonso Arinos de Mello Franco) sobre a vida de Rodrigues Alves ,

presidente por duas vezes da Provncia de So Paulo e um dos melhores

presidentes da Repblica Brasileira que instituiu como obrigatrio o

ensino mdio e a vacina contra a frebre amarela.Era sempre o primeiro

aluno da classe no renomado Colgio Dom Pedro II e por uma nica vez ,

por 6 anos, ficou em segundo lugar quando foi "desbancado" por Joaquim

Nabuco.

-Finda o ano de 2016 e voc a falar de suas leitura. Voc tem amigos?

- Tenho amigos sim. Amigos eternos . Veja por exemplo, aqui em minha

frente, "Tocaia Grande- a face oculta" do nosso querido e saudoso

Jorge Amado. Tive a oportunidade, nesse ano de crise, de conviver com

obras de meus melhores amigos, amigos estes eternos e companheiros

constantes.

- Sempre achei que voc andava perdendo alguns parafusos. E agora me

fala em amigos ocultos ... J que se sente to seguro em tal

afirmao, quem so esses "eternos amigos"?

- Ana de Assis, a viva de Euclides da Cunha ( o genial escritor e

instintivamente assassino sifiltico), Anlia Franco (pessoa generosa

e sempre pronta para fazer o bem aos semelhantes),Castro Alves, jovem

gnio que desafiou a estrutura escravagista e que aos vinte anos

purificou prematuramente a nao maculada pelo sangue oriundo dos

maltratos aos escravos provindos em navios negreiros da longnqua

frica;Jos Lins do Rego, que trouxe-me de volta ao Brasil Coronelista

dos engenhos de aucar e a vida de contrastes entre a opulncia gerada

pelos canaviais e a rudeza do cotidiano no serto pernambucano;Rui

Barbosa e sua vida complexa e dedicada `a brasilidade;Antnio

Francisco Lisboa, no romance "O Rio do Tempo", de nosso querido finado

Hernni Donato; Machado de Assis em " O Alienista" ou "Relquias de

Casa Velha" ,Bernardo Guimares ao retratar a espetacular trajetria

de vida em "A Escrava Isaura"; a mizade profunda entre o Homem e o

Cavalo, no espetacular romance "O Gacho", de Jos de Alencar e ,em

outras terras, mile Zola que sabiamente registra a origem do dinheiro

sujo da famlia Hotschild durante a reconstruo de Paris pelo Baro

Haussmann, ou revela a misria da vida em Paris no romance "

L'Assomoir". Sem esquecer meu fiel amigo Honnor de Balzac cuja

escrita me acompanha anualmente em suas diversas obras ou ;mais

recentemente, minha descoberta das loucuras do suio Jean-Jacques

Rousseau, pai miservel e reprodutor inconsequente embora tenha sido

um grande filsofo.E por fim, chegaram at mim Ea de Queiroz e

Vinicius de Morais ( Para Viver um Grande Amor) os quais esperam

pacientemente em minha mesa de sala para que eu devore parte de seus

pensamentos em suas obras que tanto me fazem companhia.Que mais deseja

saber?

- Hombre!! homem! , que loucura! Onde acha tempo para ler tanto?

- No se trata de "achar tempo" mas de dispor de tempo.A leitura me

alimenta, me mantm em contato constante com meus Amigos Eternos e me

leva `a reflexo do sentido da vida.Leio muito sim senhor e sou feliz

dessa forma.

- Feliz Ano Novo ento (cada louco com sua mania...eu hein?)

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