o comeo do fim. O bom senso j era, e voc, seja quem for, ir junto com ele. Aos livros de histria, um desses grandes captulos ilustrados com manchetes de dramas civis. A tragdia shakespeareana com longos dilogos de lngua presa. A novela mexicana com melodrama de camburo. Tudo isso apenas parte da histria.

Se um dia voc escutou em algum lugar que um exemplo vale mais que mil palavras, hoje, dependendo de quem diz, nem um milho de exemplos valem mais que uma palavra. Chegamos a ltima fase, estamos a beira do caos.

A estupidez da glria – confiantes e orgulhosos de ns mesmos, celebrando os triunfos de um governo que soube como nenhum outro conciliar interesses sociais e econmicos das diferentes classes do pas, nos cegamos ao achar que a ascenso seria linear, que a subida era sem volta, e como um alpinista que se esquece que to importante quanto subir no cair, nos descuidamos.

A fumaa sem fogo – mesmo com uma fumaa densa ofuscando o cu da ptria a todo instante, negamos o fogo. No reconhecemos o incndio, pensou-se que se tratava de fogo controlado, enquanto este incinerava silenciosamente a esperana de muita gente.

A negao do exemplo – as margens do precipcio, apaixonadas pelo apocalipse, as pessoas abandonam os fatos para embarcar nos discursos que lhes acolhem. No importa se quem diz sequer exemplo daquilo que fala. No importa se quem prope se baseia em projetos que se tornaram verdadeiros fracassos mundo a fora. No importa se quem promete esperana seja a mesma que a deu e depois a tirou.

As eleies so outras, mas de uma maneira muito mais dramtica, estamos ns novamente engolidos pela vala comum do ns ou eles e no adianta fazer barulho, a iseno no uma alternativa. A iseno um suicdio. O no suicdio o caos que ainda no se sabe como se dar.