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Coluna | BRASILzo
Fbio Brito
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O editor e jornalista Fbio Brito responsvel pela edio e publicao de centenas de ttulos voltados s realidades do Brasil. Durante anos esteve frente de selos editoriais importantes e renomados e no presente momento impulsiona, atravs de consultorias especficas nas reas editorial e cultural, os selos Bela Vista Cultural e FabioAvilaArtes. A coluna Brasilzo, inicialmente atravs do Jornal Correio do Sul, de Varginha, foi iniciada em 11 de julho de 2004 e tem contado com a importante parceria do Varginha Online na disponibilizao de vivncias de Fbio Brito por todo o Territrio Nacional e por pases por onde perambula em suas andanas.
Vive la !! Acorda Brasil!!
27/06/2019
Aps um voo tranquilo e sem sobressaltos encontro-me, novamente, no Aeroporto Internacional da Capital sa. A sensao, desta vez, foi totalmente diferente das que me ocorreram em outros momentos em que seguia para a nao onde formei parte da minha personalidade. Tudo pareceu-me familiar. As facilidades comearam quando, no aeroporto, eu pude utilizar a tecnologia e atravs de meu celular entrar em contato com meu filho que l reside, sem ter que trocar o chip do aparelho.

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As opes de transporte e locomoo do aeroporto para o centro da cidade, mais exatamente ao lado do Teatro da pera, eram vrias: trem urbano, metr, nibus especiais, txis e veculos que prestam servios atravs de aplicativos.

Optei pelo nibus, que me daria a oportunidade de, em pleno domingo, ter o contato visual com esta volta a Paris.

O custo de transporte do aeroporto s localidades centrais inferior ao praticado na Capital Paulista. Chego com a primeira impresso de que efetivamente o Brasil um pas caro que presta maus servios aos seus habitantes.

Em meia hora encontro-me no ponto final do nibus e consigo dialogar com o proprietrio de um pequeno teatro, ao lado, o qual oferece-me o cdigo de seu wi-fi e novamente volto a comunicar-me. Chega meu filho para encontrar-me e sigo para o local para onde deveria hospedar-me por cerca de 30 dias.

Aps rev-lo, prevejo e organizo a minha estada nestes 30 dias de liberdade relativa. Nos primeiros dias a minha inteno, realizada, era a de rever pontos culturais, as espetaculares edificaes histricas, os inmeros parques e praas existentes na cidade e, sobretudo, o contato com a gastronomia local onde a comida no cara porm os servios de gastronomia so bastante altos.

Devo ter caminhado, por dia, cerca de dez quilmetros, continuadamente. Relaxei e pensei profundamente no sentido do Viver, no espetculo Cemitrio Pre Lachaise e ao mesmo tempo adentrei a universidade onde, por cinco anos, fui induzido ao pensamento mais cartesiano.

Entretanto descobri que eu poderia ir ao porto de Marselha, a 700 quilmetros de Paris, no trem rpido (TGV) que leva duas horas e trinta minutos para percorrer tal distncia. Um verdadeiro espetculo da civilizao em pas do primeiro mundo. A agem, por incrvel que parea, custo-me cerca de 70 reais. Em um horrio bastante inapropriado, pois o trem saia s seis da manh da estao ferroviria.

Durante o trajeto, eu vi a Frana totalmente verde, com seus pequenos castelos incrustados em rochas, com vastas plancies e bosques verdejantes.

Cheguei em Marselha s nove horas da manh e caminhando fui at o denominado Porto Velho (Vieux Port). O azul celeste e o tom anil do mar fizeram-me parar em um pequeno bar e encomendar dois cafs expressos e dois croissants e, neste momento, ter a sensao de estar livre, sem compromissos laborais mas com o serssimo compromisso comigo mesmo: tinha alguns dias para ser feliz!

De volta a Paris, continuei minhas andanas e descobertas pois a cidade to encantadora que voc tem sempre a impresso de ser a primeira vez. Embora, h muitos anos atrs, eu tenha seguido para l viver e fazem quase cinco dcadas que frequento esta urbe que sempre me oferece novidades.

Isso ocorreu em janeiro de 1973.

Ao buscar as facilidades para continuar dentro do esprito de pesquisa que estava tendo para vislumbrar um futuro diferenciado, consegui uma agem baratssima para Lisboa.

A Capital Portuguesa emociona pelo zelo com que cuida de seu patrimnio, de suas reas verdes e como facilita o transporte urbano.

Por incrvel que parea, um caf expresso em Lisboa custa menos caro que em So Paulo. Isto lembrando que o Brasil exporta o seu caf para ser consumido em Portugal.

Ou seja, h algo muito errado no pas em que vivo. O transporte urbano catico, a destruio do patrimnio arquitetnico constante, nossas ruas esto forradas de mendigos e a insegurana tomou conta desta nao: so mais de 60 mil assassinatos (homicdios declarados por ano). Que pas esse?

Voltei de Lisboa para Paris e busquei visitar as maravilhas existentes no entorno da grande cidade: Compigne e seu parque espetacular, Saint-Germain-en-Laye e todos os locais histricos onde centenas ou milhares de pessoas se estendiam pelos imensos gramados para fazer o seu piquenique dominical. Ningum temia ser roubado ou ter o seu celular desaparecido sem que percebesse.

Estou de volta ao Brasil h apenas trs dias. Vejo o meu pas ainda em ebulio porm estou entre os otimistas que acredita que teremos um horizonte menos turvo do que o ocorrido nos ltimos 30 anos.

Vive la !!! Acorda Brasil!!
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