![]() Harmonia entre a maior festa pag do mundo e a f religiosa em Brazpolis-MG |
![]() Resgate do carnaval de rua em Monteiro Lobato-SP |
![]() Decorao carnavalesca do Clube Social de Itajub-MG |
- Voc no seguiu para o Carnaval de Salvador! O que aconteceu?- Desisti de embarcar para a Bahia aps obter a informao, pela internet, de que haveria um trio eltrico em forma de lata de cerveja o qual acolheria um bloco carnavalesco da Skol. Renunciei definitivamente ao carnaval soteropolitano! Desmarquei minha agem area e resolvi seguir em busca de algo mais autntico, mais brasileiro e, sobretudo, mais cultural. 1h4x5o
![]() Os habitantes deLuminosa procuram adequar suas residncias em acomodaes para viajantes e turistas |
- O que fez, ento?
- No sbado, logo cedo, seguimos para a pacata, buclica e simplesmente maravilhosa Luminosa! Distrito de Brazpolis, em plena Serra da Mantiqueira mineira! Desenha-se entre as montanhas o pequeno aglomerado de cerca de 2.000 habitantes. Antes, porm, amos pelas cidades de So Bento do Sapuca e Sapuca Mirim, onde ouvimos a conversa de dois cavaleiros que tomavam uma pinguinha no botequim da esquina. Dizia um deles:
![]() O carnaval interiorano rene a comunidade na praa principal de Cristina-MG |
- Essa abobrinha pra mim?
- sim, senh! respondeu o outro.
- Eu s cmu abobrinha caipira. Frngu tamm tem qui s caipira!
- I as fruta?
- Laranja, s caipira; melo, caipira; coco, caipira; tudo caipira! Eu s da roa!
- E mui? quis saber o outro.
- Mui num priciza s caipira no!
![]() Um dos botecos tradicionais de Brazpolis, em imvel tombado pelo Patrimnio Histrico |
- A gargalhada foi geral. Da, continuamos nossa viagem. E no caminho encontramos uma antiga fazenda, em runas, onde habitava um simptico senhor magro, negro, amante daquele lugar que outrora havia sido uma promissora e rentvel plantao de caf pertencente famlia Renn, de Santa Rita do Sapuca, em Minas Gerais. Tentaram transform-la em um restaurante de beira de estrada, mas as chuvas castigaram a antiga edificao e o teto ruiu. E, com ele, foram-se as esperanas de um bom negcio.
- E depois?
- Seguimos por entre descidas e curvas, serra adentro, e avistamos, maravilhados, a pequena Luminosa que se apresentava como um pequeno vilarejo nos Alpes Suos.
- Que exagero!
- No exagero, no! esquerda, um pequeno cemitrio todo caiado de branco. Ao centro, uma cidadezinha e a torre de sua igreja. Ao fundo, a silhueta ondulada da Serra da Mantiqueira, e, direita, algumas casinhas encravadas nas encostas dos morros.
![]() Chegada a minscula Luminosa, uma comunidade em paz na Mantiqueira |
![]() Aps a maratona carnavalesca, os viajantes descansam em um stio em So Bento do Sapuca-SP |
- Onde se hospedaram?
- Em uma pequena penso que abrigava os peregrinos do Caminho da F. Eram pessoas tranqilas que percorriam lguas e mais lguas em busca do domnio do tempo, da volta s origens tradicionais de sua cultura religiosa. Foi muito agradvel conhec-los!
![]() O que restou dos esforos em vo para transformar a fazenda cafeeira em um restaurante |
- E da?
- Bom... No dia seguinte, domingo, iniciamos uma maratona que nos levou a Brazpolis, a Wenceslau Brz uma cidadezinha agradvel, erguida em meio a uma topografia dinmica, entre descidas, subidas e o rio que lhe d a caracterstica deleitosa de uma vida saudvel nas terras de Minas Gerais , Delfim Moreira, Maria da F, Cristina e Paraispolis. Por fim, aps descansarmos algumas horas no agradvel stio do amigo Galileu, de onde se avista a Pedra do Ba e todo o entorno inesquecvel de paisagens e natureza da regio de Campos do Jordo, retomamos a estrada para So Paulo.
- E o Carnaval?
- Nos deparamos com vrias manifestaes interioranas, porm a mais bela e salutar de todas foi a de Monteiro Lobato, no Estado de So Paulo. A istrao local reuniu os folies em uma festa agradvel, onde o entoar das modinhas de carnaval nos levava a crer que o Brasil ainda tem jeito...
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